Arte circense, literatura e artesanato predominaram no Aleluia Ilhéus
Crianças, idosos, jovens e adultos que participaram do Aleluia Ilhéus Festival nesta sexta-feira, dia 18 – quando os cristão celebraram a Sexta-feira da Paixão – puderam apreciar diferentes linguagens culturais. No início da noite, a partir das 18 horas, artistas circenses, como os grupos Circo da Lua e a Palhaceata de Ilhéus, começaram as apresentações que incluíram vários números de humor, promovendo alegria e interação na Avenida Soares Lopes.
Enquanto no palco Reizinho, o grupo Chorinho Brasil dava o tom da noite, tocando clássicos do estilo musical e canções brasileiras consagradas, a exemplo de Trem das onze, em homenagem ao centenário de Adoniran Barbosa, ilheenses e turistas puderam apreciar, comprar e se encantar com várias manifestações regionais. No Salão das Artes, os pintores Jane Ilda Babaró, Gildesio Rodrigues, Nubia Santos, Guido Lima e Tamara Andrade exibiram suas telas com temáticas referentes à natureza, cotidiano, história e a arquitetura do sul da Bahia.
Do outro lado da avenida, quase em frente do Salão das Artes, os visitantes puderam conhecer um pouco mais da história do cacau e das tecnologias aplicadas ao seu desenvolvimento, no estande da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). O local era composto por exposições fotográficas, amostras do fruto, além da disponibilização de material informativo sobre a cacauicultura, que colaborou para a preservação e conservação da Mata Atlântica na região.
Ao lado do box da Ceplac, interessados por literatura podiam parar para ler e adquirir produções de autores locais. No compartimento, estava exposta boa parte da obra de Jorge Amado e também de autores como Adonias Filho, que traz abordagens realistas e naturalistas sobre as relações socioeconômicas da região. O leitor ainda teve acesso às criações de Hélio Pólvora, Rodrigo Melo, Zá Resende, entre outros.
A noite toda ocorreu em clima de paz e as famílias trafegaram livremente pelo espaço do Aleluia Ilhéus Festival, na Avenida Soares Lopes. Completando a ambiência cult da sexta-feira, a partir das 21horas, começaram os shows no palco Saul Barbosa, com a Filarmônica Capitania dos Ilhéus e, em seguida, às 22h30, o músico Márcio Tadeu, finalizou as apresentações musicais da noite.
Economia Criativa – Um dos destaques do Aleluia Ilhéus Festival é o estande do movimento da Economia Criativa, que reúne expositores dos bairros do Pontal e de Hernani Sá. O grupo se reúne periodicamente para a organização de feiras e eventos culturais com o objetivo de dinamizar a produção local, gerando fonte de renda para os artistas dos respectivos bairros. Os integrantes têm o apoio do Sebrae e do Balcão do Empreendedor da Secretaria Municipal Industria e Comércio (Sedic).
Na noite da sexta-feira da Paixão, oito artistas do movimento expuseram suas criações. Para Tâmera de Assis Bonfim, que trabalha com velas decoradas, a participação no evento é importante porque corresponde a uma forma de divulgação do trabalho. Segundo a artesã, além da possibilidade de comercialização, o Aleluia Ilhéus Festival é também um instrumento de fomento à economia criativa no município.
Organização – O evento é produzido pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Turismo, em parceria com a Associação de Turismo de Ilhéus (Atil) e o Convention Bureau Costa do Cacau. Como patrocinadores, estão as secretarias estaduais de Turismo e Agricultura, Bahiatursa, Bahiapesca, Biofábrica de Cacau, Supermercados Meira, Cidadelle, Sebrae, Solar Ambiental e Ambev/Skol. O evento conta, ainda, com o apoio da CAR – Companhia de Ação Regional, EBDA, Bahiagás, TV Santa Cruz, Instituto Cabruca, Instituto Nossa Ilhéus, Ceplac e Polícia Militar.